segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A Ponte



Para que serve uma ponte? Para unir? Para afastar? 
A primeira impressão é de que existe para unir duas partes, que existe para nos fazer chegar às pessoas que estão do outro lado, que estavam tão longe, mas, de repente, tão perto.
Por outro lado, senão houvessem pontes, não nos poderíamos afastar tanto, ir para tão longe, seríamos "obrigados" a ficar onde pertencemos.
A meu ver, por mais contrárias que estas ações sejam, uma delas está em vantagem em relação à outra. Se não existisse a ponte, não poderíamos chegar à outra margem, quer quiséssemos ou não. Por outro lado se houvesse ponte, poderíamos optar. 
É o propósito de uma ponte unir ou afastar? 
A meu ver, as pontes tem um propósito diferente, as pontes servem para aumentar as nossas escolhas, para aumentar a nossa liberdade. Ficar de um lado, ficar do outro, atravessar sozinho, ajudar a atravessar, tudo isto depende de nós, da nossa escolha. 

segunda-feira, 3 de março de 2014






       Quanto vale um abraço? Já pensararm nisso? Costuma se dizer que há coisas que não têm valor, mas será mesmo assim?
       Se há quem diga que um abraço na altura certa não tem preço, por outro lado podemos pensar que um abraço pode valer tanto como uma consulta num psicólogo, tanto como duas horas ou mais de desabafos. Por vezes pode valer tanto como uma rima de anti-depressivos, valer tanto como a droga mais cara que nos faria abstrair dos nossos problemas. Valer tanto como um monte de coisas que nos fariam esboçar um sorriso. Se juntarmos todos os custos que poderiamos ter para pagar todas estas coisas, teriamos o seu preço.
        Será que alguém pensa no valor do abraço quando se encosta à outra pessoa? Quando coloca as suas mãos em torno da pessoa que queremos proteger? Que queremos animar? Ou será que o abraço vai mais além? Se pensarmos bem, é bastante dificil abraçar alguém sem essa pessoa nos abraçar também, é dificil confortarmos alguém com o abraço sem nós próprios nos sentirmos confortados através dele.
         A conclusão que tiro deste meu pensamento (maluco ou não), é que o abraço não tem, efectivamente,preço, mas não é por não conseguirmos quantificar o seu valor, mas sim porque através dele tiramos, também, o nosso "pagamento".





terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Um pedaço de planeta...


         As saudades que eu tenho deste pedaço de planeta. Passear de mão dada, com a outra mão na máquina enquanto procuro perpétuar algumas das minhas visões. Como tenho tantas saudades se, praticamente, todos os fins de semana o vou visitar? Será a falta do calor do Verão? Ou será porque aqui me sinto bem?
        As árvores com pouca folha, a relva ensopada, o barulho do pequeno rio que se lembrou de crescer neste inverno. Inverno este que teima em nos dar banho. É assim que este paraíso se encontra, esperando pela Primavera para nos maravilhar com os seus tons de verde.
        Queria tirar uma folga dos estudos a meio da semana para relaxar neste local com aquela pessoa que me faz feliz. Com aquela pessoa que sente tanto encanto como eu ao observar este nosso espaço.
        Imagino que vou, porque imaginar é o que me resta para além de esperar impacientemente pelo fim de semana.
       

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Liebster Award

O Liebster Award foi criado com o objectivo de ajudar na divulgação de blogues com menos de 200 seguidores. Agradeço à Sofia Alves Cardoso - Rainforest Of The Lost Souls.


Objectivos do desafio:
A) Partilhar onze factos sobre nós próprios;
B) Responder a onze perguntas que a pessoa que nos nomeou fez;
C) Nomear onze blogues;
D) Fazer onze perguntas.
A) Onze fatos sobre mim:
1. Adoro música;
2. Adoro tirar fotografias;
3. Adoro falar, quando tenho à vontade para tal;
4. Sou capaz de estar a falar de uma coisa e de repente fazer um comentário sobre outra coisa totalmente diferente;
5. Adoro tocar baixo elétrico, e praticamente qualquer instrumento músical;
6. Adoro cantar, mas tenho vergonha;
7. Gosto de cozinhar, excepto quando é só para mim;
8. Distraio-me muito, a não ser que esteja mesmo a gostar do que estou a fazer;
9.  Adoro conduzir;
10. Adoro o sossego de um dia de pesca, independentemente de pescar alguma coisa ou não;
11. Adoro andar de kayake.
B) 11 Questões da Sofia Alves Cardoso:

1. Se pudesses apagar um episódio da tua mente, qual seria?
 Apagaria, não só da minha mente como da minha vida, as minhas crises de ansiedade, embora já estejam minimamente controladas. Ps: Sem ajuda de medicamentos.

2. O que dirias se houvesse uma projeção de ti num outro planeta e tivesses oportunidade de te sentar frente a frente com ele e conversar?
Eu gostava de colocar aqui toda a minha conversa, mas aparece aqui que não tenho espaço suficiente, é que entretanto tanto eu como "eu" mudamos de assunto para aí umas 579 vezes. Tornando assim a conversação muito extensa.
:D

3. Qual a melhor estratégia para te acalmares?
Ir até à beira rio, esperar que algum peixe esteja com fome, sentar me na minha cadeirinha e começar a escrever alguma coisinha. Ou simplesmente olhar para o rio. 

4. Se soubesses que algo de grave iria acontecer e que podias não sobreviver, o que farias?
Acho que primeiro calculava as hipóteses de sobreviver. Depois explicava à Sofia Alves Cardoso como fazer essas contas. :D

5. O que te identifica?
 As minhas piadas secas. Nunca me canso de as mandar e saem-me naturalmente. 

6. Que perspetiva é que achas que as pessoas têm de ti?
Acho que me veêm como alguém bastante convencido, e agressivo pela minha aparência.
 
7. Se pudesses mandar no mundo, o que farias?
Punha na cabeça de toda a gente, que em primeiro lugar está a alimentação e saúde e só depois o dinheiro. Ou seja, reestruturava a mentalidade das pessoas e dos governos. Se possível, a alimentação e saúde tornariam-se grátis, sendo o primeiro investimento com parte do dinheiro dos impostos.
8. Serias capaz de dar a tua vida por alguém? Por quem?
Pergunta difícil. dar a vida por alguém acho que não faz sentido, pois de que vale a vida à pessoa que cá fica? Não costumam dizer que quem mais sofre é quem fica? Acho que até poderia dar a minha vida, mas não a tentar salvar a de alguém, mas sim a de ambos.
9. Se fosses um elemento da natureza, qual serias?
A água. Pois vai para onde tem de ir, é calma, mas por vezes também é agitada. Embora a profundidade me meta confusão.
10. Qual a tua memória mais nítida da tua infância?
O dia em que aprendi a andar de bicicleta e me mandei a voar, tipo o puto com o ET na cesta, contra a casa dos meus tios. O muro tinha para aí 2 metros e ainda levantei mais por causa da beira que tinha do lado da minha casa.

11. Qual o filme que te faz parar para pensar?
A Walk To Remember.
C) Nomear 11 blogues: 


Ainda sou novo nisto, tenho de enriquecer o meu grupo de Seguidos.
:D

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Nem tudo é o que parece...


     Que nem tudo é o que parece já toda a gente o sabe, e rápido deste conta que convencido era coisa que eu não era. Que tudo se tratava de uma mera armadura que eu tinha. As nossas conversas de mais de uma hora ao telemóvel rapidamente se passaram a um frente-a-frente, e aí a timidez tomava conta de mim. Talvez porque conseguias por me sempre a fazer para ti o que eu gosto, mas que era só para mim. Lembras-te do inicio? Em que tudo se resumia a uma guitarra, um molho de letras de músicas  e a duas pessoas que desconheciam o rumo que tal acção ia ter? Lembras-te de comentarmos que as pessoas deviam pensar que nós dávamos a música como desculpa para estarmos juntos? Lembras-te como não era verdade? Como eu adorava aquelas noites em que cantávamos, inocentemente, músicas que passaram a dizer nos tanto. Com o passar do tempo foi inevitável e um outro sentimento começou a manifestar-se. Os olhos começavam a ganhar brilho quando se aproximava a hora de ir ter contigo, quando me metia no carro e, ansiosamente, fazia os quase 30 Km's que nos separavam. Por fim, chegou aquela noite em que perdi a vergonha, em que te dei o que, na minha ideia, precisavas, e mais que tu, precisava eu, aquele abraço apertado, aquele abraço que despertou em mim uma vontade enorme de te beijar, uma vontade enorme de fazer com que muitos mais abraços daqueles existissem. Lembro-me de prolongar, propositadamente, o abraço, para assim ter tempo de ganhar coragem, e ainda bem que a ganhei. 
     Após toda esta recordação, as pessoas vão ser capazes de imaginar o que pensamos quando olhamos para esta foto, pois uns meses antes dela neste local, duas pessoas se abraçavam pela primeira vez, se beijavam pela primeira vez, mas elas nunca vão saber o que sentimos. Isso é só nosso. 
     Agora para relembrar algumas músicas: Your "Litle Lion Man" says: "I Will Wait" for you, no matter how much time, together we have a "Lion's Roar" able to scare our fears. And, to finish, remember that this is "No Ordinary Love".
                                                             
                                                                                                                             Your Litle Lion Man

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O caminho...



       Caminhos todos nós percorremos, sejam eles fisicos, ou psicológicos. No entanto os que, normalmente nos dão mais dor de cabeça são aqueles que menos nos cansam as pernas. Aqueles que queremos fazer a dois e que não há outra maneira de os fazer  senão a dois.
        Quando dizem que os opostos se atraem, eu penso sempre que os opostos se completam. Isso é o que devemos ter  ao nosso lado durante a nossa caminhada. Quando um já não tem forças para caminhar o outro está ali para "puxar" por  ele. O que sempre fez um interromper a sua caminhada, por vezes foi o que sempre motivou o outro a correr ao invés de parar. Fazendo assim com que o caminho seja percorrido lentamente, mas nunca parado.
           Claro que nem tudo o que é oposto é bom. Por vezes a nossa diferença não vai ser vista como tentativa de ajudar, mas sim como um acto de se auto-vangloriar, de tentarmos rebaixar quem nos acompanha, quando o que queremos é levantá-los do chão. Mas aí é que entram as "discussões" que mostram como somos por dentro, verdadeiramente, e nos dão mais resistência para o resto do percurso.
       O que torna a escolha da nossa equipa mais dificil, é o facto de após verificarmos tantas diferenças ao longo do caminho, consigamos ver que ainda assim temos tanto em comum. Isto é o fundamental para aquelas alturas em que temos que reabastecer, só assim arranjaremos mantimentos que agradem aos dois. E como todo o caminho tem um destino pretendido, quando se lá chega os pontos comuns serão, mais uma vez, essenciais. No fim, quando não houver mais caminho, são eles que nos vão fazer ficar com quem nos acompanhou. E aí veremos que, com as ajudas ao longo do caminho, as diferenças tornaram-se igualdades e mais em comum temos, sendo praticamente impossível pensar em fazer outro qualquer caminho com uma pessoa que não a que nos ladeia. 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

E assim começou...




           Era Agosto. Um daqueles dias em que a temperatura ambiente se confunde com a nossa própria temperatura. A natureza fazia questão de mostrar toda a sua beleza e nada fazia mais sentido senão rasgar as águas do rio, agitadas pelos barcos que passavam,  e remar. Sentia todos os meus músculos relaxarem, ao ínvés da contração esperada durante o remo. Talvez porque ali me sinto em casa, por saber tão bem ser embalado pela água como pela mãe enquanto criança.
            Olhando em frente, vejo um sorriso na cara de quem me acompanha, fazendo me desejar conseguir provocá-lo durante toda a minha vida.
             Remamos tentando ver cada canto de um rio que parecia não acabar, mas lá encontramos um dos seus fins no inicio de um novo rio. Parecia estarmos a entrar numa outra realidade. A água mais calma, a floresta a entrar pelas bermas do rio e duas pessoas boquiabertas com tamanho encanto. Remamos, remamos e mais queriamos ver, mas a hora de ir embora chegou e o incio do novo rio afinal era o seu fim. Voltámos a entrar nas águas mais agitadas e avistamos ao longe a praia fluvial de onde, antes, tinhamos saido. Quanto mais nos aproximavamos mais certeza eu tinha que haveriamos de voltar.
            Apercebemo-nos que a paz nos inundava naquele local. Como se não existisse um mundo, como se não houvesse aquela confusão ou pessoas para nos incomodar com as futilidades habituais. Casa é onde nos sentimos bem e, definitivamente, ali era uma das nossas casas, para além de sermos casa um do outro. E isso reflete-se em cada olhar, em cada afago, em cada palavra, ainda nos dias de hoje.
             Havemos de voltar um dia, talvez num dia como aquele, ou, quiçá, apenas de passagem só para recordarmos os bons momentos de dois enamorados aventureiros nas suas descobertas, tais exploradores. Havemos de ter cinquenta ou mais anos e iremos ali, recordar como as coisas começaram e festejar por terem acontecido
               Neste dia, o barco tinha dois lugares, e os nossos corações também os passaram a ter.



                                   Texto em parceria com: Sofia Alves Cardoso - RainForestOfTheLostSouls
Agradeço que não utilizem tanto as imagens como os textos sem o meu consentimento. Pois estes são da minha autoria. ;)